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VARIOLA DOS MACACOS: NOVO VÍRUS QUE COMEÇA A ASSUSTAR O MUNDO

O número de pessoas infectadas com o vírus da varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) na Europa chegou a 31 nesta quinta-feira. Autoridades de saúde de Portugal confirmaram mais nove registros da doença, elevando o total do país para 14. Na Espanha, os sete primeiros casos foram confirmados e outros 22 suspeitos estão em análise. A Itália também informou hoje que um caso foi detectado no país, e mais dois estão sendo testados.

O Reino Unido, lugar que registrou o primeiro contaminado no início do mês, anunciou ontem que mais dois diagnósticos haviam sido confirmados, subindo o total na região para nove. Também na quarta-feira, os Estados Unidos registraram o primeiro caso da doença – que ainda não se sabe se tem ligação com o surto no continente europeu.

Nos EUA, o paciente infectado viajou recentemente para o Canadá. Segundo o departamento de Saúde Pública de Massachusetts, estado onde a doença foi detectada, a situação “não representa risco para o público e o indivíduo está hospitalizado e em boas condições”. Nesta quinta-feira, autoridades de saúde de Montreal, no Canadá, afirmaram que monitoram 17 possíveis infecções na região. Já a França anunciou que um caso suspeito foi identificado no país.

A varíola dos macacos é rara fora de partes da África onde o vírus é endêmico. Os primeiros casos dessa leva começaram a ser detectados no dia 7 de maio, no Reino Unido, em um paciente que havia retornado da Nigéria. No entanto, os demais diagnósticos na região não têm histórico de viagem a países onde o vírus circula.

 

Esse fato intriga especialistas, uma vez que as infecções identificadas fora da África geralmente são relacionadas a pessoas que estiveram no continente. Em 2021, por exemplo, os Estados Unidos registraram duas pessoas com a doença, mas ambas haviam visitado a Nigéria e o surto foi controlado na época.

Além disso, os novos diagnósticos foram detectados em alguns pacientes que não aparentam ter conexão entre eles, o que eleva o receio de que já esteja ocorrendo uma transmissão comunitária nesses países – quando o contágio é entre pessoas no mesmo território sem histórico de viagem ou origem definida.

“Esses casos mais recentes, juntamente com relatos de casos em outros países da Europa, confirmam nossas preocupações iniciais de que possa haver disseminação da varíola em nossas comunidades”, afirma a consultora médica chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), Susan Hopkins, em comunicado.

Para conter o surto, a UKHSA começou a aplicar a vacina da varíola, doença erradicada no mundo em 1980 graças à ampla campanha de imunização. Profissionais da saúde e pessoas que estiveram em contato com os casos confirmados estão recebendo a aplicação que, segunda a agência britânica, oferece algum grau de proteção para a infecção da varíola dos macacos.

O que é a varíola dos macacos?

 

A varíola dos macacos é uma infecção viral rara semelhante à varíola humana, considerada leve. A transmissão normalmente acontece do animal para a pessoa em florestas da África Central e Ocidental. Casos de contágio entre seres humanos podem acontecer, mas são mais raros, aponta a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso, autoridades de saúde pelo mundo monitoram de perto os novos diagnósticos que parecem se espalhar com mais facilidade de pessoa para pessoa.

 

 


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