“A BAMIN tem responsabilidades constituídas, por isso precisa apresentar claramente o seu plano de investimentos para a Bahia e, principalmente, para a cidade de Ilhéus, que tão bem a acolheu”, declarou Bebeto, representante do SINTEPAV BA, durante ato realizado no canteiro de obras do Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), na manhã da última segunda-feira (27). A manifestação também contou com a presença de Valdeli Rosa e Alessandro Ribeiro, membros da diretoria do sindicato.
A ação buscou sensibilizar as autoridades competentes e as empresas envolvidas para que priorizem os investimentos na FIOL, garantindo a continuidade das obras, o bem-estar e a estabilidade econômica dos trabalhadores baianos.
A construção do trecho 1 soma recursos na ordem de R$ 1,1 bilhão, compreendendo 125 quilômetros de extensão. Entretanto, a BAMIN liberou montante de R$ 150 milhões, inferior ao previsto, para a execução de apenas 30 quilômetros da ferrovia, em uma área localizada entre as cidades de Ilhéus e Uruçuca. Ressalta-se que a supressão vegetal foi realizada somente em 11 quilômetros, evidenciando um cenário de estagnação preocupante.
O SINTEPAV acrescenta que a falta de investimentos não compromete apenas os empregos dos trabalhadores, mas também prejudica o desenvolvimento econômico e social da região e do estado.
“Queremos que a BAMIN apresente o seu plano de investimentos sobre a continuidade das obras da FIOL e do Porto Sul, porque isso está gerando incerteza na vida de trabalhadores, de investidores e daqueles que atuam na extensa cadeia da construção. Prestar esclarecimentos públicos é um dever da empresa. O que deveria ser a expectativa de melhoria da vida das famílias está se tornando um lamento, uma dúvida sobre a continuidade do projeto”, ressaltou Bebeto, que na oportunidade se colocou à disposição para dialogar com o Governo do Estado e com a mineradora, a fim de compreender a situação, além de solicitar ações junto ao Ministério do Trabalho para análise do caráter das demissões coletivas.
A BAMIN conquistou a concessão para concluir as obras restantes e operar a ferrovia por 35 anos. Sob sua responsabilidade desde 2021, o Trecho 1 da FIOL gerou cerca de 700 empregos em seu auge. Todavia, a empresa já demitiu 400 trabalhadores, sendo aproximadamente 30 dispensas registradas por semana, de acordo com o SINTEPAV.