O Ministério Público do Estado da Bahia enviou ofício à Prefeitura de Feira de Santana para que, no prazo de 24 horas, a gestão adote “medidas cabíveis para garantir que as atividades de saúde em áreas tidas como essenciais (urgência, emergência e UTIs) mantenham-se integralmente preservadas e as demais em funcionamento com o número de profissionais fundamentais para garantir acesso e assistência aos pacientes, enquanto durar a greve dos médicos da rede municipal de saúde”.
O movimento dos médicos nas Unidades de Emergência da Prefeitura de Feira de Santana, há seis dias, é mais um episódio da crise no sistema de saúde de Feira de Santana. Somente em 2023, gestão do prefeito Colbert Martins (MDB), surgiram relatos sobre a falta de materiais e insumos nas unidades, dívidas superiores a R$ 1,6 milhão com o Consórcio que administra a Policlínica Regional e até falta de seringas para aplicar vacinas. Existe ainda a promessa não cumprida da construção de um hospital municipal.
A secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, disse que o Hospital Geral Clériston Andrade e a UPA Estadual estão com sobrecarga de atendimento por conta da falta de assistência municipal.
“Fizemos uma reunião emergencial neste domingo para remanejar pacientes de Feira de Santana para unidades estaduais em Alagoinhas, Itaberaba, Camaçari e Santo Antônio de Jesus. Para além dos serviços ofertados no Clériston Andrade e Hospital da Criança, o Governo do Estado já investia R$ 60,6 milhões por ano com leitos e serviços nas áreas de cardiologia, ortopedia, traumatologia, oftalmologia, além da realização de cirurgias eletivas, transplantes, exames diversos, dentre outros procedimentos voltados para os pacientes do município e região. Agora, emergencialmente, fizemos um contrato de 30 novos leitos para atender pacientes com perfil clínico”, garantiu a secretária.
Roberta Santana ainda afirmou que vai enviar novas ambulâncias para o Hospital Clériston Andrade, com o objetivo de agilizar as transferências de pacientes.
Fonte: A Tarde