Dois dos três jovens mortos na Gamboa em Salvador, na madrugada de terça-feira (1º), possuem passagens pela polícia.
Em contato , uma fonte anônima informou, com exclusividade, que Alexandre dos Santos, de 20 anos, e Cleberson Guimarães, de 22, se envolviam com a criminalidade e tinham passagens pela polícia, sendo uma delas por latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A terceira vítima, Patrick Sapucaia, não possuía passagens pela polícia.
De acordo com o Aratu On, o jovem Patrick, de apenas 16 anos, era irmão de Pierre Sapucaia, que foi preso pelo menos duas vezes por homicídio e tráfico de drogas. Além disso, Patrick era filho de um policial militar aposentado.
- Versão da Polícia
Alexandre, Cleberson e Patrick foram mortos na madrugada de terça-feira (1º) após uma ação da Polícia Militar.
Segundo a PM, guarnições da Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT/Rondesp BTS) foram acionados com informações de que haviam homens armados no local.
Os militares chegaram a apreender um revólver calibre 38; duas pistolas, sendo uma de calibre .40 e outra de calibre 380; 177 papelotes de maconha; 233 pinos e dez embalagens de cocaína; 130 pedras de crack; três aparelhos celulares; uma balança eletrônica, R$ 172 e um relógio de pulso.
- Versão dos moradores
Moradores da Gamboa alegam que não houve troca de tiros. Segundo amigos e familiares das vítimas, os policiais chegaram atirando contra os moradores e os três foram mortos.
Diante da revolta pelo ocorrido, populares decidiram fechar parte da Avenida Lafayete Coutinho, a Contorno, para protestar.
Além disso, afirmaram que “diante da gravidade das denúncias, a OAB da Bahia irá cobrar da Corregedoria da PM e da Secretaria de Segurança Pública uma investigação transparente e minuciosa do ocorrido, com o afastamento dos policiais envolvidos na ocorrência e outras medidas de proteção às testemunhas”.
Em entrevista à TV Bahia, o Comandante-Geral da PM, coronel Paulo Coutinho garantiu que houve troca de tiros e afirmou que o “PM está para a defesa do cidadão e só ele sabe o que encontrou diante daquela situação, é por isso que estabelecemos uma apuração para que todos os fatos sejam esclarecidos”.
A Corregedoria da PM é a responsável pela apuração e o trabalho está sendo acompanhado pela Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP).