Quem passa pelas ruas dos circuitos de Carnaval neste final de fevereiro não reconhece o cenário que encontra. Não tem ambulante, não tem isopor, não tem arquibancada e camarote, não tem vai e vem de foliões. Só mesmo uma pandemia de covid-19 para impedir que a maior festa popular de Salvador aconteça. Enquanto se espera mais um ano, fica o vazio deixado nas ruas e a saudade da folia.
Nesta segunda (28), a tradicional Mudança do Garcia, que existe há mais de oito décadas, estaria levando seu protesto bem humorado do fim de linha do bairro até o Campo Grande. Dona Sônia Barbosa, de 74 anos, mora bem no meio do percurso e é apaixonada pela agitação. Todo ano, ela decora a varanda do prédio, que fica na Avenida Leovigildo Filgueiras, e mesmo sem festa, ela faz questão de enfeitar a casa.
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