O deputado estadual Robinho (PP) não faz mais parte da bancada de apoio ao governador Rui Costa (PT), conforme publicado inicialmente pelo site Bahia Extremo Sul. Na manhã deste domingo (22/08), o parlamentar disse que pode continuar no PP.
“Tenho excelente relacionamento com meu partido. O que eu não posso é aceitar um jogo do governo que não atende deputado. Tem 3 anos que o governador não me atende e não paga as emendas. Tem deputado que tem quatro”, relatou.
O ápice da discordância que culminou com o afastamento da Bancada de Situação foi sua defesa ao colega Paulo Câmara (PSDB), que criticou o governo após os sucessivos aumentos nos preços de combustíveis no Estado.
“Se for para abrir uma Comissão de Ética para o deputado que tá falando a verdade a gente vai ter que abrir uma CPI para o governador que tem três anos que não paga as emendas impositivas, vamos ter que abrir uma CPI para investigar os 49 milhões da compra dos respiradores que não foram entregues”, disparou.
“Não foi uma posição de raiva, não. É uma posição de algum tempo. O governo Rui Costa não faz questão da gente, não faz questão de ter apoio de deputado. não dá para aceitar. Um governo que prega uma coisa, mas é tudo farsa e mentira”, pontuou.
Sobre o futuro político, afirmou que conversou com o vice-governador João Leão, que “me chamou para conversar”. “Se meu partido não aceitar meu posicionamento, é ele me liberar. Eu tenho um compromisso com João Leão. Se João Leão sair candidato ao governo, eu o acompanharei. Se não, eu buscarei alguém para fazer política junto comigo. Sobre Neto, eu tenho bom relacionamento com Neto. Então, não teria problema nenhum. Mas é o tempo que vai responder. Portanto, se o partido quiser ter um posicionamento independente, eu continuarei. Se o partido quiser acompanhar a candidatura do governador, aí eu sairei”, acrescentou.
Além disso, neste sábado (21/08), diversas pessoas indicadas para cargos em secretarias e ligadas ao parlamentar, foram exoneradas. Robinho, que é casado com a prefeita de Nova Viçosa, Luciana Machado, está em seu segundo mandato na Assembléia Legislativa. A decisão, conforme Robinho, é irreversível.