A intenção do ministro da Cidadania, João Roma, de disputar o governo da Bahia está prestes a ir por água abaixo, caso ele pretenda se lançar pelo Republicanos. Acontece que o partido deve descartar as candidaturas a governador nas próximas eleições e se concentrar em eleger o maior número de deputados e senadores para turbinar o fundo eleitoral.
Uma saída para o ministro é se filiar a outra legenda, como o PL, provável destino do presidente Jair Bolsonaro. Inclusive, a possibilidade de Roma procurar novo abrigo já vem sendo ventilada nos bastidores há algumas semanas.
Por outro lado, a eventual filiação de Roma ao PL traz outra implicação importante na Bahia: a impossibilidade de a sigla apoiar a candidatura do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) ao Palácio de Ondina, o que até então era dado como certo.
A ida do chefe do Planalto para o partido de Valdemar da Costa Neto estava marcada para o último dia 22, mas foi adiada após desentendimentos entre ambos. Bolsonaro queria o controle do diretório de São Paulo, e também fez uma série de outras exigências, como o veto a alianças com partidos de esquerda.