Rebeca Andrade conquistou nesta quinta-feira (29) a primeira medalha olímpica da ginástica artística feminina. Na prova que define a ginasta mais completa do mundo, o individual geral, em que vale a soma das notas dos quatro aparelhos, a brasileira só não foi melhor que a americana Sunisa Lee. Terminou na 2ª colocação, com 57.298 pontos e a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio Para chegar até aqui, Rebeca aproveitou a trilha aberta pelas que a antecederam.
Daiane dos Santos, Daniele Hypolito, Jade Barbosa e Flávia Saraiva acumularam conquistas internacionais, mas faltava, na coleção brasileira, a medalha olímpica, que tantas vezes escapou pela mão.
Hoje, Rebeca a agarrou firme na Ariake Gymnastic Center, no coração dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Rebeca liderou nos primeiros dois quesitos. No salto, sua especialidade, quando teve execução perfeita para receber 15.300 e sair na frente da disputa, mesmo com nota mais baixa que nas qualificatórias.
Uma apresentação irretocável nas barras assimétricas, em série ainda mais difícil do que apresentou nas eliminatórias, manteve a brasileira na frente entre as 24 finalistas, com nota de 14.666.
Sua maior adversária, a americana Sunisa Lee, tirou a diferença no terceiro quesito, a trave, Rebeca chegou a figurar na terceira posição, mas um recurso em sua nota na trave — que passou de um duvidoso 13.566 para um ainda criterioso 13.666 — a colocou na vice-liderança antes do último aparelho, o solo.
Na decisão, a americana fez uma prova perfeita, e Rebeca cometeu dois pequenos erros, que não tiraram o brilho de sua competição. A medalha de prata coroa um caminho de glórias e finca o Brasil como uma potência mundial da modalidade, ao som de “Baile de Favela”.