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Principais institutos de pesquisas erram e divergem dos resultados das urnas

Em uma eleição que registrou uma explosão no número de pesquisas em relação aos pleitos anteriores, nem mesmo os institutos mais tradicionais conseguiram se aproximar do resultado das urnas neste primeiro turno. A disputa presidencial vai para o segundo turno com uma diferença de pouco mais de 5 pontos percentuais entre Luiz Inácio Lula da Silva (48,43% dos votos) e Jair Bolsonaro (43,20%), muito menor do que os levantamentos projetaram – um erro fora da margem de erro. Além do resultado presidencial, as pesquisas também falharam em vários estados, a exemplo da Bahia e São Paulo.

Isso se deu porque os dados das pesquisas subestimaram o desempenho de Bolsonaro. Nos levantamentos Ipec (antigo Ibope), Datafolha e Ipespe divulgadas neste sábado, 1º, a diferença era de 14 pontos percentuais em favor do petista. Na Quaest, a diferença pró-Lula era de 11 pontos.

Segundo especialistas, as únicas pesquisas que são, em tese, comparáveis com o resultado da votação são as realizadas no dia eleição (as bocas de urna, que não foram feitas neste ano) ou na véspera, porque a opinião dos eleitores pode mudar muito rápido.

Neste sábado, o Ipec projetava um placar de 51% a 37% dos votos válidos. O Datafolha apontava 50% a 36%. O Ipespe, 49% a 35%, e a Quaest, 49% a 38%. A margem de erro é de dois pontos percentuais no caso de Ipec, Datafolha e Quaest e de três pontos no caso do Ipespe. Em sua defesa, os institutos podem argumentar que captaram, de fato, algum movimento de alta de Bolsonaro nas últimas pesquisas. O Ipec, por exemplo, tinha mostrado ontem um crescimento do presidente de 34% para 37% em relação à sondagem anterior, divulgada no dia 26 de setembro. No entanto, o movimento captado ficou muito aquém do que o que se viu na votação.

Já o Paraná Pesquisas, que divulgou seu último levantamento na sexta-feira, 30, chegou mais perto do resultado oficial, indicando Lula com 47,1% e Bolsonaro, 40% (com margem de erro de 2,2 pontos percentuais).

Como era de se esperar, em sua primeira declaração após o primeiro turno, Bolsonaro chamou as pesquisas de mentirosas. “Desmoralizou de vez os institutos, disse o presidente. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), escreveu no Twitter que as empresas de pesquisa cometeram um “escândalo”, e conclamou os eleitores bolsonaristas a não responder mais os questionários dos institutos. “Elas erraram absurdamente, criminosamente ou não?”, provocou o ministro na postagem.


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