O suspeito de atirar contra uma jovem de 23 anos, Fernanda dos Santos Pereira, em um posto de combustível na madrugada de quinta-feira (11), é um policial militar. O caso aconteceu na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia.
De acordo com o g1 Bahia, a equipe de comunicação da 29ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), informou em nota, que um inquérito foi instaurado para as apurar as circunstâncias do caso.
O suspeito foi identificado como João Wagner Madureira, conhecido como “Cenoura”. Segundo a defesa do PM, o suspeito vai se apresentar à polícia de forma voluntária.
Ainda de acordo com a nota, o policial não é conhecia a vítima, que o tiro foi acidental e ela estava “descontrolada”.
A Polícia Civil informou à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia, que imagens de câmeras de segurança serão analisadas e que outras informações não podem ser divulgadas.
Veja abaixo a íntegra da nota da defesa do policial:
É com profundo pesar que comunicamos a todos sobre o trágico incidente envolvendo o policial militar João Wagner Madureira, conhecido como Cenoura, lotado na 69ª CIPM, na madrugada desta quinta-feira(11/01).
No calor de uma discussão, o PM se envolveu em um incidente fatal que resultou na perda de uma vida. O policial sempre dedicou sua carreira à defesa da sociedade e, em especial, à proteção das mulheres atendendo e prestando socorro em diversos casos de agressão a mulher. O ocorrido é inquestionavelmente repugnante, e estamos cientes da gravidade dos fatos.
João Wagner está comprometido em se apresentar voluntariamente às autoridades competentes e cooperar plenamente com as investigações em curso. Entendemos que essa tragédia em questão não apaga sua história em defesa da sociedade enquanto policial militar, mas compreendemos a responsabilidade de responder judicialmente por seus atos. Como deve sempre ser, independente de quem seja.
É importante esclarecer que, embora as acusações de feminicídio estejam presentes na cobertura midiática, afirmamos categoricamente que o policial militar não conhecia a vítima e que o ato não foi motivado por violência doméstica, familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
O vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que João Wagner Madureira aparece com uma arma em punho apontada para o chão. As imagens não divulgadas irão provar que a arma não tinha a intenção de intimidar a vítima, mas sim afastar pessoas alteradas na localidade. Quanto ao disparo ocorrido, esse se deu de forma acidental, quando a vítima e o policial entraram em vias de fato, momento em que a vítima tenta segurar a arma do policial, acabando por acionar a tecla do gatilho de forma involuntária como mostra as imagens divulgadas e que resultou na fatalidade que lamentamos profundamente.
João Wagner Madureira reconhece a gravidade do ocorrido e está preparado para responder perante a justiça dos homens e a justiça divina. Neste momento difícil, expressamos nossas sinceras condolências à família enlutada.
Nosso compromisso é com a verdade e a justiça, e confiamos no devido processo legal para esclarecer os detalhes deste trágico episódio.