Os 5,5 mil policiais civis do estado da Bahia cruzam os braços nesta quinta-feira (27) pelas próximas 24 horas como forma de protesto pela falta de diálogo com o governo do estado. As operações e flagrantes estão suspensas e será mantido apenas as oitivas e levantamentos cadavéricos.
De acordo com Eustácio Lopes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindipoc), a categoria tenta ser recebida pela gestão estadual há cerca de um ano, mas sem sucesso. Os profissionais desejam a mudança do padrão remuneratório de nível médio para superior. “Nós temos um ano tentando diálogo e sem ser recebidos, então, em virtude da inflexibilidade do governo do estado, o único movimento que podemos fazer para mostrar a nossa insatisfação são essas paralisações que vão ser semanais. Nós estamos pedindo que o estado mude o padrão remuneratório de nível médio para nível superior. Hoje, o policial que ingressa na Polícia Civil ganha R$3,9 mil, muito pouco para o risco de vida que eles correm. Vivemos em um estado de insegurança e violência e infelizmente os baixos salários não são atrativos para a carreira”, comentou o presidente durante entrevista à TV Bahia. No dia 10 de março, uma nova paralisação deve ser feita, dessa vez, geral. Na ocasião, os profissionais participarão de uma assembleia no Campo Grande, em Salvador.