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Pense no absurdo, em Itapé tem precedente

Parafraseando a célebre frase do grande Octávio Mangabeira, que afirmava, “pense no absurdo, na Bahia tem precedente” certamente podemos trazer essa afirmação para o contexto atual de Itapé.

Em meio à crise financeira que o país enfrenta, bem como as dificuldades que a população vem enfrentando, um grupo de vereadores da cidade reivindica mais um aumento de salário.

Recentemente os membros do Lego municipal se deram um aumento de 22,223%, que passou a vigorar no início de 2022, passando o salário de R$ 4.500,00 para R$ 5.500,00, em plena crise financeira pós pandemia.

Não satisfeitos com esse valor do salário, um grupo de 5 vereadores, (Ericlisson Menezes de Souza, Ive Cléia Alves Pinto de Almeida, Tiara Silva Araújo Alves, Jorge Costa Cruz e Ítalo Xavier da Silva Pereira) ingressou com um ação judicial junto à 2 Vara da Fazendo Pública da Comarca de Itabuna, contra o atual presidente da câmara municipal Eduardo Coelho dos Santos.

No processo (8003091-30.2022.8.05.0113) o grupo de vereadores requer o o salário saia de R$ 5.500,00 para o valor de R$ 6.700,00, alegando que este valor é legal e que a casa legislativa têm condições de arcar com esse aumento de R$ 1.200,00.

Com a negação do presidente da casa, que ao que tudo indica acredito não ser plausível tal aumento os vereadores entraram com mais um processo, dos tantos que ultimamente tem sido ajuizados para resolver problemas internos daquela casa.

Sem ao menos se discutir a legalidade de mais um aumento em um período de menos de seis meses, o que vem a tona é o questionário da imoralidade de se pleitear um aumento em meio ao caos que vivenciamos.

Serviços públicos em frangalhos, economia em crise, inflação galopante e os membros do legislativo impondo ao povo uma conta que aumenta vertiginosamente sem qualquer controle.

Vemos uma população carente de atenção de seus legisladores, que por sua vez se debruçam em discursões salariais, brigas pelo controle da casa, ações na justiça, enfim, o que se vê é os mais variados motivos para brigar e discutir, mas nenhum deles é em prol do interesse do povo de Itapé.

Seguimos acompanhado a saga dos alguns membros do legislativo de Itapé, em busca cada vez mais de poder e de maiores remunerações.


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