Devido à grande repercussão, a Polícia Civil cercou o bairro à procura dos criminosos. Isso fez com que a venda de maconha e cocaína na região fosse paralisada. O que causou prejuízos para o PCC.
Nesse momento, a facção criminosa organizou um “tribunal do crime” e decretou a morte dos cinco ladrões.
Identificação
A Polícia Civil identificou dois dos cinco criminosos. Paulo Ricardo Martins, de 19 anos, e um adolescente, 17, foram presos.
Com medo de ser morto pelo PCC, Felipe dos Santos Lima, 18, se entregou ao 49° Distrito Policial (São Mateus) na companhia do advogado David Ferreira Lima.
Coquetel da morte
Após serem presos, Felipe e Paulo foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santo André (SP).
Em vez de serem colocados na área de segurança, os dois foram levados para a cela 46 do Pavilhão 4, que era comandada pelo PCC.
Ambos foram torturados e agredidos durante o banho de sol. Depois, tiveram de tomar o “coquetel da morte”, também conhecido como “Gatorade”, que é uma mistura de Viagra, cocaína, água e creolina.
Horas depois, Felipe e Paulo morreram de overdose.
O advogado David Ferreira Lima disse que acreditou que o seu cliente ficaria seguro após se entregar. Para ele, o Estado não garantiu a integridade física do detento.
Depois da abertura de um processo, a Justiça entendeu que falhou e indenizou a família de Felipe por danos morais no valor de R$ 26.400, em 2016. A Secretaria da Fazenda de São Paulo foi condenada a pagar a mesma quantia para os pais de Paulo, em 2017.
Nenhum funcionário do CDP foi responsabilizado criminalmente pela morte dos dois jovens.
Morte a tiros
Diego Rocha Freitas Campos, 20, que assassinou Brayan, foi reconhecido pelos pais do garoto.
Antes que a Polícia Civil o encontrasse, ele foi localizado pelo PCC.
O tio do rapaz, que possuía antecedentes criminais, foi obrigado a matar o sobrinho ou seria morto pela facção. O homem cumpriu a ordem e assassinou Diego Rocha com diversos tiros.
O seu corpo foi encontrado pela polícia no dia 7 de julho de 2013.
No mesmo dia, o PCC também assassinou Wesley Soares Pedrosa, 19, com um tiro na cabeça. O seu corpo foi localizado três dias depois.
Retorno para Bolívia
Edilberto Yanarico e Verónica, pais de Brayan, retornaram para a Bolívia após o assassinato do garoto.
O corpo do menino foi enterrado em um cemitério do departamento de La Paz.