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Mudanças na bandeira tarifaria na conta de luz e aumento de insumos impedem novos investimentos pela Emasa

Os constantes aumentos de insumos, a exemplo de materiais hidráulicos como PVC, além da nova bandeira tarifária na conta de energia elétrica, chamada de escassez hídrica, que criou taxa extra de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) consumidos, em vigor desde 1º de setembro, têm inviabilizado novos investimentos com recursos próprios pela Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) e dificultado, inclusive, o custeio.

O presidente da Comissão de Licitação da Emasa, Rui Correia Soares Júnior, aponta que muitos fornecedores estão desistindo de contratos assinados com a Emasa, devido aos constantes reajuste nos preços dos produtos. “Itens como plástico, ferro fundido e cimento, estão sendo reajustados praticamente a toda semana”, alarma-se.

“Não temos como dar aditivo aos contratos, que acabam sendo rescindidos. Por serem commodities, esses produtos estão atrelados ao dólar. Com a moeda americana muito valorizada sobre o Real, o custo foi para as alturas”, esclarece Correia Júnior.

Outro ponto que causa preocupação à Presidência da Emasa é a mudança da bandeira tarifaria da conta de energia, determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Entre maio a outubro, houve um aumento de 32,87 por cento na conta de energia elétrica da empresa.

“Os acréscimos nas contas de energia estão variando para cima, mês a mês. Nos últimos seis meses, houve um aumento de mais de R$ 220 mil, o que atrapalha nosso planejamento para ampliação das redes de água e esgoto da cidade”, destaca o presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho.

Mas, ele ressalva que, mesmo diante desse quadro, a empresa conseguiu concluir a primeira etapa do saneamento do canal do Bairro Santo Antônio e está na fase final de ampliação da rede de esgoto do prolongamento da Avenida Manoel Chaves.

De acordo com o diretor Financeiro, Ronaldo Simas, mesmo com as adversidades do atual momento econômico do País, a Emasa tem conseguido manter seus compromissos em dia. “Diante da instabilidade da economia, com a desvalorização da nossa moeda frente ao dólar, o que gera aumento nos custos financeiros, a Emasa mantém em dia suas obrigações, a exemplo do pagamento de salários e de fornecedores”, atesta.

Simas lembra que o momento atual requer contenção de gastos e para manter as contas equilibradas. “Além disso, os constantes aumentos dos combustíveis aliado à atual tarifa da energia elétrica geram inflação, que já chegou a dois dígitos. Por isso, temos que segurar os novos investimentos em recursos próprios para manter o equilíbrio financeiro”, finaliza o diretor Financeiro.


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