O projeto de ganhar uma medalha paralímpica começou para Renê Pereira em 2011. Ou seja, quis o destino que o sonho fosse concretizado exatamente 10 anos depois, já que os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados de 2020 para 2021. Apenas uma ideia da luta que esse médico baiano, nascido em Itapetinga, no Sudoeste do estado, teve que passar. O bronze conquistado em Tóquio está na história: foi a primeira medalha individual do remo paralímpico brasileiro.
Para a Bahia, ela tem outra importância, talvez ainda maior. Na noite de sábado (28), manhã de domingo no Japão, Renê Pereira conquistou a primeira medalha do estado na Paralimpíada de Tóquio. Foi na prova de 2 mil metros, categoria skiff simples PR1M1x.
“Estou muito feliz com a prova de hoje. É uma sensação indescritível. Me sinto merecedor por todos os esforços que empenhei em prol dessa medalha. Foi difícil, passei períodos difíceis, mas sabia que com luta e dedicação era possível”, disse em vídeo gravado para o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Renê começou a sua vida no esporte adaptado em 2008, na natação. Dois anos antes, o jovem médico descobriu que tinha um abcesso na medula. O problema tirou-lhe o movimento das pernas. Mais tarde, ele faria residência em ortopedia.