O rapaz morto na madrugada desta segunda-feira (09/05) dentro do Hospital Eladio Lasserre, em Cajazeiras, teria sido confundido com um dos assassinos dos policiais militares Vitor Vieira Ferreira Cruz e Shanderson Lopes Ferreira. Dois homens encapuzados invadiram a unidade médica por volta de 1h e dispararam vários contra o eletricista Wellington Santos Piedade, que tinha 30 anos.
Um familiar de Wellington, que trabalhava de carteira assinada, relatou ao Informe Baiano que o rapaz presenciou o momento em que os servidores públicos Vieira e Shanderson foram baleados na localidade da Independência, em Cajazeiras, na noite de domingo (08/05), por volta das 19h.
Na ocasião, ele foi comprar cerveja e acabou ferido na perna por traficantes, sendo socorrido pela sua mãe para o hospital. Posteriormente, a mulher presenciou o filho sendo morto.
“Ele estava no meio do tiroteio. Wellington estava no lugar errado e na hora errada. Ele também foi baleado pelos bandidos que mataram os policiais. Não foi ele que matou os policiais, não. Ele era trabalhador, um rapaz de bem. Aí eles acharam que o Wellington que matou. Invadiram o hospital e mataram uma pessoa que não tinha envolvimento nenhum, que não entrava em nada. Foram eles”, disse.
No momento da execução, a vítima estava sentada em uma cadeira de rodas e aguardava por atendimento médico. A autoria e a motivação dos quatros assassinatos são investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Morte de policiais
Três policiais foram mortos na região de Cajazeiras esse final de semana. O primeiro homicídio aconteceu no final de sábado (07/05). O soldado Alexandre Menezes morreu após ser baleado na cabeça, na Rua Ulisses Guimarães, em Águas Claras, em Salvador.
Ele estava em serviço com companheiros e o grupo fazia ronda no local. O corpo do soldado foi sepultado no domingo (8), no Cemitério da Baixa de Quintas. À paisana, dois companheiros de farda de Alexandre, Vitor Vieira Ferreira Cruz e Shanderson Lopes Ferreira foram mortos após deixarem o velório.