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Delação de Sandra Inês atinge deputado federal Ronaldo Carletto e desembargador Maurício Kertzmann

Em delação premiada homologada pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a desembargadora afastada do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli e seu filho, Vasco Rusciolelli, investigados na Operação Faroeste, alegaram que o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) e o desembargador Maurício Kertzman estariam envolvidos em um esquema de pagamento de propina para conseguir decisão judicial favorável.

Segundo os delatores, o processo no qual houve essa compra de decisão envolveria a empresa ITmov do Brasil e o desembargador Maurício Kertzman, relator do processo, teria levado o deputado Ronaldo Carletto (PP) até o gabinete da desembargadora Sandra Inês, na sede do TJ-BA, para que ela também julgasse o processo favorável, já que ela atuaria no processo com ele.

A delação aponta também que o valor da propina ficaria a ser definido entre o deputado e o filho de Sandra Inês Rusciolelli e que, além dos citados, também estaria envolvido no esquema o advogado Júlio Cavalcanti.

Em outro trecho do documento, a desembargadora afirmou que Maurício Kertzman, pela vendas de decisões, teria recebido um terreno de 10 mil m² no condomínio Vilas de São José, em Itacaré, no sul da Bahia.  A negociação teria ocorrido entre os advogados Pedro Castro e Arthur Ramos Barata, porém o acordo não foi finalizado, já que o próprio desembargador “passou por cima e resolveu diretamente”, recebendo o terreno que fica “ao fundo do Itacaré Suítes”. Maurício teria feito ainda dois “acertos” distintos para o mesmo processo, onde teria decidido e recebido a propina.


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