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Coronel cria condições para que PSD indique eventual sucessor de Adolfo, impondo derrota a Wagner e ao PT na Assembleia; veja nomes

acordo em torno da eleição à presidência da Assembleia Legislativa firmado este fim de semana que pacificou a base também assegurou ao PSD a indicação do candidato do governo à sucessão do presidente Adolfo Menezes no caso de ele ser impedido judicialmente de cumprir o mandato.

O partido de Adolfo e dos senadores Otto Alencar e Angelo Coronel terá, portanto, a primazia de manter o controle do Poder Legislativo em caso de cassação do presidente, que decidiu concorrer à reeleição de última hora, incentivado pela popularidade entre os colegas, apesar de a legislação proibir o expediente nas Casas Legislativas.

Firmado pelo senador Jaques Wagner (PT), pelo próprio Adolfo e pelo deputado federal Diego Coronel, o entendimento foi considerado, no entanto, uma vitória da família Coronel sobre o PT e o líder petista, que articulava o lançamento da candidatura do deputado Rosemberg Pinto à primeira vice-presidência.

Na posição, Rosemberg poderia assumir automaticamente o comando da Assembleia no caso de o mandato de Adolfo ser cassado, assegurando ao PT pela primeira vez, nestes quase 20 anos em que comanda o Estado, o controle também do Legislativo, estratégia que Wagner passou a defender abertamente nos últimos meses.

Ao lançar a candidatura do filho, o deputado estadual Angelo Coronel Filho, também à primeira vice, o senador do PSD produziu uma aura de instabilidade na base que poderia rachá-la, aproveitando-se da resistência dos deputados, do governo e da oposição, à eleição de um petista para o comando da Assembleia.

O plano de Coronel era, com a eleição do filho, criar as condições para impor sua candidatura à reeleição na chapa governista em 2026, à qual Wagner e o PT se opõem. Com medo de que a disputa entre PT e PSD na Assembleia fraturasse a base governista, Wagner recuou e praticamente propôs os termos do acordo ao outro filho de Coronel que é deputado federal.

Pelo entendimento, será aprovada uma alteração no Regimento da Assembleia estabelecendo que o primeiro-vice terá a obrigação de convocar imediatamente eleições para eleger o novo presidente em caso de vacância, o que elimina a atratividade política que a posição detinha até agora.

Com a restrição, a disputa da vice-presidência, calcada na expectativa da cassação do mandato de Adolfo, deixou de ser interessante tanto para Rosemberg quanto para Angelo Filho. Não por acaso, o principal argumento de Coronel em favor do filho, que acabou dando musculatura à candidatura de Angelo Filho, era o de que o PT não poderia assumir a presidência da Assembleia no “tapetão”.

Com o direito de disputar a eventual sucessão de Adolfo assegurado, o PSD já discute os nomes que pode apresentar para concorrer: estão entre eles o do próprio Angelo Filho e os dos deputados Ivana Bastos, Eduardo Alencar e Alex Viana.


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