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Cid tinha acesso às contas de Bolsonaro e fez “varredura” à procura de dinheiro, diz colunista

Uma das principais figuras do esquema montado no entorno de Jair Bolsonaro para transformar em dinheiro presentes de luxo recebidos pelo governo, o tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Cid tinha carta branca para acessar as contas pessoais do então presidente da República. É o que aponta o Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, em notícia publicada nesta terça-feira (15).

Uma ds primeiras missões que Cid teria recebido assim que foi autorizado a cuidar das finanças de Bolsonaro foi fazer um mapeamento de todas as contas bancárias abertas em nome dele. E havia várias, conforme o próprio tenente-coronel relatou a um interlocutor em conversa recente.

“O presidente sempre foi muito desorganizado com dinheiro. Nunca foi gastador, só que nunca controlou o dinheiro dele. Quando cheguei, comecei a procurar as contas que ele tinha, e encontrei várias contas inativas”, disse Cid, que durante o governo, como mostrou a coluna em janeiro, operava uma espécie de caixa paralelo no Palácio do Planalto.

Em algumas das contas “esquecidas” por Jair Bolsonaro, ainda de acordo com o tenente-coronel, havia dinheiro. “A gente fechou todas as contas e centralizou em uma só, no Banco do Brasil”, disse. “Era tudo poupança. Não tinha investimento. Ele odiava esse troço”.

Quando estava no governo, segundo Cid, ele temia transações via Pix — e deixava por conta do ajudante de ordens averiguar eventuais créditos de origem desconhecida. Na mesma conversa, Mauro Cid contou que, a certa altura, foi incumbido de trocar a conta bancária de Bolsonaro justamente porque apoiadores dele vinham fazendo depósitos de valores picados.

“Trocamos a conta dele no meio do caminho porque estavam fazendo depósito de um real, de centavos… Ele tinha medo de alguém fazer um depósito na conta dele e sempre perguntava: ‘Checou se botaram dinheiro na minha conta?’. Toda semana eu olhava lá e checava. Ele morria de medo disso. Temia uma armação, um depósito”, disse Mauro Cid.

Segundo o oficial, justamente por temer transações em sua conta que dessem origem a algum tipo de suspeita durante o mandato, Bolsonaro deu uma ordem expressa para ele não usar serviços de internet banking, especialmente por telefone celular. O então presidente também não gostava de ter cartão de crédito. “Só tinha cartão de débito”.


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