Depois de abrir conversas com nomes da oposição em encontros públicos e registrados nas redes sociais, o senador Angelo Coronel (PSD) ampliou o desconforto entre integrantes da base governistas, especialmente os mais à esquerda.
O senador, todavia, não deve cessar as reuniões e disse não aceitar “patrulhamento”. Nas últimas semanas, Coronel recebeu em sua casa a prefeita reeleita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil), e o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP). “Aqui com Coronel não tem partido, Coronel aqui agrega todos, porque o importante aqui é a amizade, não é a sigla partidária”, disse o pessedista à época.
O movimento é percebido como uma forma de buscar apoios para a reeleição ao Senado em 2026, diante da incerteza de Coronel ter vaga na chapa majoritária do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Graças a Deus, eu tenho amizades em todos os partidos que estão postos aqui na Bahia. Eu acho que você ser cerceado do direito de conversar com alguém que não seja do arco de aliança vira uma barbárie, e eu sou contra as barbáries”, disse Coronel, ao ser perguntado na segunda-feira (25) sobre o impacto desses encontros com oposicionistas na sua relação com o governo.
“Eu estou aqui aberto e converso com todo mundo. De União Brasil a PT sem nenhum problema. Não tenho e não admito nenhum patrulhamento por isso”, reforçou.
Na segunda, Coronel ofereceu um almoço ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, depois que ele foi homenageado pela Câmara Municipal de Salvador com a medalha Thomé de Souza, proposta pelo vereador Edvaldo Brito (PSD).